No meio da noite, em redor daquela íntima fracção de nós próprios, levanta-se o vento. Morno, esperançoso e enganador.
WILD IS THE WIND
Love me love me love me Say you do Let me fly away With you For my love is like The wind And wild is the wind
Give me more Than one caress Satisfy this Hungriness Let the wind Blow through your heart For wild is the wind
You... Touch me... I hear the sound Of mandolins You... Kiss me... With your kiss My life begins Youre spring to me All things To me
Dont you know you're Life itself Like a leaf clings To a tree Oh my darling, Cling to me For were creatures Of the wind And wild is the wind So wild is the wind
Wild is the wind Wild is the wind
(1957) dimitri tiomkin, ned washington
Tema do filme (George Cukor - 1957) com o mesmo título, cantado por Johnny Mathis, com versões cativantes de Nina Simone, David Bowie e Cat Power. Para ver e ouvir, o genérico do filme e clips com Bowie, Nina e Bowie ao vivo.
# Rafael Anton Irisarri : A thousand-yard stare (extracto) # edição sobre o trailer do filme "Baisers Volés" de François Truffaut # The Focus Group : Geometree hou # The Durutti Column : Fate # Fleetwood Mac : Albatross # Booker T. and the MGs : Time is tight # The Clash : Time is tight # Leo Abrahams : Seeing stars # Helios : Soft collared neck # Robin Guthrie/Harold Budd : Outside silence # Oldham Brothers : Wouldn't it be nice # Damon & Naomi : While my guitar gently weeps # Alpha : Theme 2 # Isaac Hayes : I just don't know what to do with myself # Lloyd Cole : I just don't know what to do with myself # Piana : Early in the summer
2@ parte
# Burial : U hurt me (extracto) # Burial : Untitled 1 # Bertrand Burgalat : If you never come to me # El perro del mar : Candy # Pascal Comelade : I surrender # Martin Rev : Whisper # Suicide : Surrender # This Mortal Coil : Thais II # Fred Frith : Trains, boats and planes # Elizabeth Anka Vajagio : The sky lay still # Múm : Sleep/Swim # Bill Callahan : Night # Lene Lovich : To tender (to touch) # Idaho : Levitate pt.2 (extracto) # Idaho : To be the one # At swim two birds : Darling # Robin Guthrie/Harold Budd : She is my strenght # Richard Hawley : Ocean # Lee Hazlewood : Must have been something that i loved # The Album Leaf : Broken Arrow (fade out)
Umas horas à conversa com o Hugo Pinto. Uma tarde morna. Há mais de três anos que não nos víamos. Não significa nada. Há almas que se cruzam uma vez e encontrar-se-ão eternamente. A tarde vai caindo e vou compreendendo a minha solidão. Uma solidão de sistema, com uma única aparente fuga, sem nunca saber onde está a saída. "Só se foge quando se tem para onde". O Hugo viaja. Tem ainda tempo para viver do outro lado do mundo. Cresceu, mas ri tão pouco como eu. Fala-me de Quioto. Faz-me sentir a atmosfera da música dos Air. Oferece-me uma caixa com 10 DVDs de Wong Kar-wai. Eu continuarei sempre a ouvir as suas magníficas Miss Tapes. Recordando a conversa, deixo-lhe dois vídeos dos Fleetwood Mac.
Albatross (1969), instrumental do tempo de Peter Green, que passa na próxima IF. E Sara, com a voz de Steve Nicks (1979).
Uma pungente memória de longínqua noite nos anos 80.
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Francisco em 26.8.07
Apreciava as crónicas no Público escritas por Eduardo Prado Coelho. Sai este domingo a última por morte do autor. Gostava, para além das crónicas, da procura de EPC em reflectir sobre o contemporâneo, em especial no quotidiano português. Penso que ele tinha um enorme entusiasmo pela semântica. Não há outra forma de entender o mundo. De uma maneira bem portuguesa, entre as duas mais dramáticas formas de desfazer - a medíocre invejosa e a arrogante, EPC foi uma figura menos polémica e muito mais perseguida. Não pelo Poder, que sempre o namorou e com quem ele não se deu propriamente mal, mas por largas fatias da intectualidade imergente (imersa, que não consegue emergir). O blog Grande loja do queijo limiano achava que EPC queria ser Eco quando fosse grande. Tem imensa piada ... assim do género de tirada de esquerda anos 70, mas agora ao contrário. Tudo porque EPC, dizem, não apreciava o liberalismo económico nem, aparentemente, acreditava no Criador. "O inefável EPC", li e ouvi por várias vezes. Qual o motivo ? Por "que não se pode exprimir por palavras" ou por ser "deslumbrante; delicioso; encantador" ? São estes os sinónimos de inefável.
A única coisa que me incomodava em EPC (e ele lá queria saber disto ...), era a sua reverência por Paris. Escrevi aqui, há pouco mais de um ano, um pequeno comentário jocoso sobre o assunto. Não o retiro, claro.
Lamento a morte de Eduardo Prado Coelho. Há demasiada gente lúcida a partir.
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Francisco em 26.8.07
IF 20 Agosto 2007 1@ parte # Múm : Sleep-swim # Attica Blues : Test, don't test # Bob Dylan : Blue Moon (extracto) # John Parish : Absolute beauty is an absolute curse (extracto) # Robin Guthrie/Harold Budd : Turn on the moon # Susanna : Traveling # Moby : Blue paper # Lewis&Clarke : Before it breaks you # Githead : Lifeloops # Young Marble Giants : Salad Days # Heiner Goebbels /Art Lindsay : Alone in the elevator (extracto) # Robin Guthrie/Harold Budd : One true love # The Album Leaf : We once were (one) # Rafael Anton Irisarri : Lumberton # The Fiery Furnaces : Teach me sweetheart # Camera Obscura : Country mile # The Silent League : The Orchestra, sadly, has refused
2@ parte
# Elvis Presley : Love me (extracto) # Peter, Bjorn & John : Young Folks (extracto-IF remix) # Bernard Hermann : Twisted nerve (extracto) # The Tony Hatch Orchestra : Ghost Squad # Electrelane : Carolina Wren # Beach Boys : Caroline, no (original speed) # Helios : A rising wind # Goldfrapp : Forever # Robin Guthrie/Harold Budd : How distant your heart # Saint Etienne : Can't sleep # Barbed : Double click countryside # Gavouna : Fools (detuned guitar version) # Tracey Thorn : Hands up to the ceilling # Pearls Before Swine : Wizard of is # Broken Social Scene : Lover's spit # Todd Rundgren : Torch song # Nina Simone : Where can i go without you
Tenho passado muito tempo a rever, no YouTube (nada mais será igual depois desta ferramenta), momentos que me deixaram uma qualquer marca musical. Foi por isto que encontrei a Lene Lovich(a de Lucky Number), embora não com o que mais gosto dela - Too tender to touch. É uma figura ímpar da New Wave, que ainda persiste nas minhas memórias, ao contrário da Nina Hagen. Também no YouTube encontrei um vídeo de Lene, em 2006, pelas minhas contas com 57 anos, que não anda nada longe das actuações de 79/80. Escolhi Wonderful One, em 1979, na Universidade de Liverpool (o guitarrista não é o Pedro Abrunhosa em novo !). Depois, de link em link, dei-me com The Specials, os responsáveis pelo original Friday Night, Saturday Morning, que os Nouvelle Vague tão bem cobriram há pouco tempo. Há também um vídeo deles, com esta música, em Sydney. (... por favor, não se esqueçam de que as câmaras e os telemóveis são muito pequenos e leves ... estabilizem a imagem, p.f.).
Viral ! Desta vez atacou no norte de Portugal (Paredes de Coura). Não lamento não ter ido porque Young Folks foi cantado sem voz feminina. Mas não tenho dúvidas : é contagioso ! Ninguém escolhe os vírus pelos quais vai ser atacado e a mim aconteceu ser por esta estirpe vinda do norte da Europa.
Aqui estão eles em Paredes de Coura - 2007. Young Folks (vê-se e ouve-se mal) e um belo Paris 2004.
Estranho. Onde estaria eu quando Mike Scott (The Waterboys) cantou e tocou ao piano The Whole Of Moon para um grupo de miúdos numa escola de Clifden, Connemara, na Irlanda ? Foi em 1987 e não sei explicar por quê, mas tenho a sensação de que estaria em estúdio a passar esta mesma música.
Um salto atrás. Uma das primeiras versões de Utopia. Quando Alison Goldfrapp era simples e brilhante. Bela e (felizmente) ainda sem sonhar (quem sabe) com o vampirismo sexy que havia de adoptar. Os outros foram atrás : o do violino deixou crescer uma pera e um bigode ridículos e o gajo do boné uma grande barba ... O que quero eu dizer com isto ? Saudades ! Daquilo que eu julgava que seria o futuro.
Peter, Bjorn & John Suecos. Vão estar na noite de 15 de Agosto no Festival de Paredes de Coura. Fabricaram uma das canções pop mais juvenis e optimistas dos últimos tempos : Young Folks, com a participação de Victoria Bergsman, dos Concretes. Simples, eficaz e impossível de ignorar. Se me colocassem de helicópetro em Paredes de Coura só a tempo de ver/ouvir esta música, talvez lá fosse ...
Fica aqui o vídeo-clip. E ainda actuações ao vivo em Los Angels, Manchester e no programa de Jay Leno.
@1ª parte # Booker T. Jones & MG's : Summertime # Múm : Behind two hills, a swimming pool # Isan : First date (with Jumble Sale) # Spektrum : Shall i jump # Beach Boys : excerto de God only knows (só vozes); Caroline, no (instrumental) # Jesus&Mary Chain : extracto de Surfin' USA # Nouvelle Vague : Love will tear us apart # Lawrence : Somebody hold me # D.Sylvian&R.Sakamoto : World citizen (excerto); World citizen (i won't be disappointed) # KLF : Madrugada eterna # John Zorn : The good, the bad and the ugly # The Album Leaf : Moss mountain town # Destroyer : Your blues # Dimitri from Paris : Welcome abord ; Okinawa love # People like us : San Frandisco # Tba : intr.detec.sys # Astrud Gilbert : Once upon a summertime (fade out)
reposição de parte da edição especial Verão-2004
@2ª parte
reposição, em versão corrigida e aumentada, da edição "You only live twice".
Susanna Wallumrød, de Susanna and The Magical Orchestra, tem um disco a solo.
Sonata Mix Dwarf Cosmos.
A solo, mas bem acompanhada : o irmão Christian Wallumrød (piano), o parceiro da Magical Orchestra, Morten Qvenild (piano, synth), Big Bang leader Øystein Greni (guitar), Ola Fløttum (guitar) dos The White Birch, Pål Hausken (drums) dos In The Country, Helge Sten (guitar, mellotron), Ingebrigt Håker Flaten (bass), Barbara Buchholz (theremin) e Giovanna Pessi (harp).
Este clássico dos Moody Blues (1967), tem uma letra quase impossível de ser escrita hoje.
Letters I've written ? SMS's, e-mails ... talvez.
Dramaticamente, estas designações não têm poesia alguma ...
No tempo de Nights in white satin, o papel de carta era um culto.
A cor. O padrão. O perfume.
Quem me terá desviado a primeira carta (em papel especial, recebido no Natal), que enviei numa escuríssima noite de Janeiro ?
Porque me deitaram fora as salvadoras cartas azul pálido ?
Queremos trazer o passado atrás e confundimo-lo constantemente.
Procurei durante anos no meio de Rochas' e Avon's, aquilo que era, afinal, sempre fora, Chanel nº5. É na pele que está a diferença. A enorme e inultrapassável diferença.
No sábado passado, dia 4, morreu Lee Hazlewood. Recebi a notícia, via e-mail, vinda de Porto Santo. Estranha e enviesada história ? Não. Simples acaso.
Estranha é a música de Lee Hazlewood. Explico melhor. Quando interpretada por outros (para quem ele fez a maior parte das canções) é uma coisa. Por ele, é outra completamente diferente. Está na voz a grande diferença. Lee Hazlewwod era fundamentalmente um compositor e produtor discográfico, mas quando resolveu entrar nas suas próprias criações, houve algo que mudou. E muito.
Não fora a reverência confessada nos anos 90 pelos Sonic Youth, Tidersticks e Nick Cave, por exemplo, e talvez o final da sua vida tivesse passado despercebido. Seria injusto. Muito injusto.
Lee escreveu êxitos comerciais esmagadores, como "These boots are made for walkin'" (1966), cantado por Nancy Sinatra. E devo dizer, muito claramente, que uma cançãozinha como aquela, no contexto dos anos 60, NÃO era nada pirosa/pimba. Leve, sim. Pimba, não.
Quando resolveu cantar em duo com Nancy, tudo se tornou diferente, mais de dentro, profundo e muitas vezes inquietante. Comparados com alguns duos mais ou menos angelicais da época, Lee e Nancy eram bem mais terrenos !
"Some velvet morning" é o melhor exemplo. Tendo conhecido várias versões (foi escrita para os Vanilla Fudge), a original, com a voz cava de Lee, sempre teve e terá um lugar especial no coração da IF. No último disco - Cake or dead (2006) - reeinventou-a por causa da neta, a quem deram o nome de Fedra, embora ela julgue, docemente, que a Fedra que o avô canta na canção "já" era ela.
A verdade é que Lee Hazlewood era um iconoclasta, desencantado, sarcástico, que teve uma longa carreira durante os anos 50 como dj em várias rádios locais, passando depois a produtor discográfico. Também teve a sua própria editora, mas depois do êxito planetário de "These boots are made for walkin'", porque não era, nem queria ser, mainstream, começou a ter problemas no meio discográfico e em 1968 toda a gente influente já lhe tinha virado as costas.
Começou então a sua aproximação à Europa, em particular aos países nórdicos. Em 1970 foi viver para a Suécia, para evitar que o filho fosse mobilizado para a guerra do Vietnam. Gostei. Aliás, Lee sabia o que era a guerra. Em 1950 tinha estado na Coreia.
Dizem que influenciou o célebre produtor Phill Spector. Acredito. Escreveu êxitos para Duane Eddy, Dean Martin e o próprio Frank Sinatra.
"A marriage made in heaven" (1993), dos Tindersticks, é inspirado no seu "Sand" e foi mesmo uma homenagem a Lee, já que na capa do single aparece a sua fotografia.
Em 1999 regressou às actuações ao vivo (já não o fazia desde 1974), em Londres e na Escandinávia. Mais uma vez suportado pela banda do seu amigo de sempre Al Casey.
A sua versão de um tema que de facto não era dele - You've lost that loving feeling - é outra das pérolas escondidas da IF. Mostrou-se várias vezes no duo com Nancy Sinatra e revela-se aqui em baixo, na televisão sueca (1968), com Siw Malmkvist.
A propósito : Lee Hazlewood também fez televisão, em especial na Suécia, e chegou a ganhar um dos mais importantes prémios internacionais do meio.
Na Universidade estudou Medicina, mas acabou por desistir. Cumpriu o destino dos apaixonados : casou com a namorada do liceu. Confessou que muitas vezes tinha que voltar a escrever as letras das canções, porque inicialmente elas eram inteligentes de mais !
Morreu sábado, com 78 anos, nos arredores de Las Vegas, depois de ter vivido em meio mundo, entre os EUA e a Europa. "I've been around long enough now. I've lived a pretty interesting life - not too much sadness, a lot of happiness, lots of fun. And I didn't do much of anything I didn't want to do."
Meritoriamente, o jornal Público deu-lhe grande destaque no P2. Escusava era de titular : "O crooner arrumou as botas". Também discordo das rotulagens de "cantor de charme ambíguo" e "cowboy da country-pop". Diz ainda a redactora : "Hazlewood morreu - logo agora que o bigode voltou a estar na moda". Percebo muito bem a intenção com que o diz. Mas não gosto. É assim um bocado ligeirinho - onda geração laracha, programa da manhã ... e tal. Espertice. Sarcasmo para o sarcástico ? A K.G. não percebeu nada ? Receio que não. "Some velvet morning" ... talvez.
# Leslie Feist : Now at last # Kings of Convenience : Manhattan Skyline # Gonzales : Chilly in f major # Seigen Ono : It's Denise # Elvis Costello & Anne Sofie von Otter : Don't talk # Carlos d'Alessio : India song (piano) # Carlos d'Alessio : India song (orchestra) # Barry Adamson : Everything happens to me # Barry Adamson : Hollywood sunset # Tindersticks : Nosferatu # Brokeback : Another routine day breaks # Pearls Befores Swine : The wizard of is # Costeau : To know her # Martin Rev : Whisper # Roy Orbison : It's over # Eberhard Weber : Quiet departures
2ª parte
# King Crimson : Cadence and cascade (remix) # Bardo Pond : Walking clouds # 1 mile north : New clock # Simon and Garefunkel : So long, Frank Lloyd Right # Nina Simone : Where can i go without you # Lambchop : The daily growl # Daedalus : A mashnote # The Shadows : Theme from "Shine" # Paddy McAloon : I'm 49 # Keren Ann : La tentation # Astrud Gilberto : Trains, boats and planes # Sengei Ono : I think of you (fecho do álbum) # Jiminy Cricket (Cliff Edwards) : When you wish upon a star # Red House Painters : instrumental
No meio da noite, tiros. Ouvem-se as vozes dos atiradores. Tiros sobre javalis. Não é época de caça, mas há sempre uma desculpa. Talvez a necessidade de preservar o milho. Tenho pena dos javalis. Perto daqui está sepultado o meu eterno cão. Lak. Há poucos dias soube que está imortalizado numa tese de doutoramento sobre linguagens. No caso, o meu diálogo com ele. Publicada em alemão, vou tentar compreender a parte que diz respeito ao Lak. Depois conto. No meio da noite, calaram-se os tiros. Provavelmente o javali também. Sem o Lak, daqui não sobra quase nada. Apenas os aviões, muito no alto escuro, de luzes que piscam. Blinking lights ... mas desvaneceu-se o seu código Morse. Não consigo lê-lo.
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Francisco em 4.8.07
2.8.07
IF 30 Julho 2007 1ª parte
# Alla Polacca : A # Architecture in Helsinki : Tiny paintings # tba : Morning light # tba : Kryz # Flotation Toy Warning : How the plains left me flat # The Chameleons : P.S. Goodbye # Destroyer : Your blues (extracto - versão EP) # Samara Lubelski : Keeper of beauty # Caroline : I'll leave my heart behind # Mapstation : Warm distance # Perry Blake : Broken statue (versão ao vivo) # The White Birch : Seer believer # Nouvelle Vague : Friday night, saturday morning # People Like Us : Downtown once more
2ª parte
# Tom Verlaine : A burned letter # Black Sabbath : Laguna sunrise # Dead Combo : After peace swim twice # Belle and Sebastian : I know where the summer goes # 12Twelve : Intonarumori # Nina Simone : Nobody knows you when you're down and out # Piano Magic : I must live London # The Focus Group : Verberations # The focus Group : Verberations int. # Johnny Cash : Hurt # Destroyer : The music lovers (never ending If mix) # Lars Horstveth : Kahlua blues (extracto) # Lisa Germano : Big, big world # The Tony Hatch Orchestra : Ghost Squad theme # Jon Hassell : Estate (summer)