Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito do programa de rádio
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Íntima Fracção
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30.9.06
 
A Íntima Fracção vai fazer uma pausa até 11 de Outubro.
Na nova grelha da RUC, a IF vai surgir nas noites de 4ª feira, à 1 da manhã.
Este facto vai obrigar a alterações na distribuição do podcast - no GavezDois - bem como da cópia em mp3 na ESEC Rádio On-line.
Para se fazer tudo com segurança e (alguma) calma, resolvi fazer este curto intervalo.

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29.9.06
 
Uma lágrima a cair de um nono andar ...
Ah Né ! Lembra-me a letra toda. Também pode ser só a música. Só tenho o disco em vinil e o gira-discos avariou.

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28.9.06
 
Mais uma histórita

Disseram-me que a nova telenovela da SIC - Jura (e juro que não faço ideia do que seja) tem como tema musical uma antiga canção de Rui Veloso e Carlos Tê. Pois, há vinte anos, em 1986, a Né Ladeiras trabalhava comigo num programa de rádio na RDP-Centro, chamado Boomerang. Um dia trouxe-me uma fita que tinha gravado em casa do Rui Veloso com a música (tipo unplugged) Jura. Julgo que a passámos umas duas ou três vezes na emissão.
A 22 de Março, a Né foi ao Porto participar no Festival RTP da Canção com esta música (que nesse festival teve que se chamar "Dessas juras que se fazem"). Ficou em 3º lugar. Aquilo cantado pela Né era uma coisa deslocada, ali, no meio da Dora e da Lara Li.
No princípio de Abril, numa data especial, reunimos em minha casa quase toda a gente que participava no programa : a Isabel Simões (uma voz de ouro, que antes dos 40 abandonou, desiludida, a comunicação social), o Pedro Trilho y Blanco (hoje advogado, que nessa altura assinava lá uma rubrica de uma hora - Music for your tape recorder), o João Costa (um dos mais elegantes e conhecedores animadores de rádio, que passou depois pela TSF e veio a fixar-se na RDP onde o mantêm absurdamente escondido), o Horácio Firmino (hoje reputado psiquiatra, que nessa época fazia uma rubrica sobre cinema) e, claro, a Né Ladeiras.
Rimo-nos muito com as "estórias" à volta do festival, mas o Jura ficou por ali.
Rui Veloso acabou por, mais tarde, gravá-lo e também As Vozes da Rádio o fizeram.
Agora dizem-me que é tema de novela.
Alô Né ! Para te recordar, aqui fica uma imagem da tua prestação com o Jura no Março de 1986 ...
Nunca mais lá foste, claro. Nem com a Ana e as Suas Irmãs (só participaste na gravação do disco ... e o maxi como era bonito. Acho que passei a versão instrumental na IF).



Mas não quero que a Né, se ler este post, fique zangada.
Do "Corsária", já do fim dos anos 80, passei muitas coisas na IF.
Um magnífico disco que devia ser recuperado, agora.
A capa.



E não Isabel, de facto não é a Micéu que está na capa, mas a Greta Garbo !

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26.9.06
 


"Os homens são como viajantes cansados ...".
Este é um texto do livro "O tempo esse grande escultor", que tem acompanhado a IF desde as primeiras edições.
A autora é a escritora belga Marguerite Yourcenar. Nascida em 1903, faleceu três anos depois da IF ter começado - 1987 - (embora esteja ainda por descobrir quando é que a IF nasceu ...).
O livro é de 1983.
Yourcenar colocou na escrita muitas das ideias nas quais se baseia a Íntima Fracção.
"O nosso verdadeiro lugar de nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós próprios". "Não estou certo de que a descoberta do amor seja necessariamente mais deliciosa do que a da poesia" (acrescento que não é possível descobrir o amor sem ter descoberto a poesia). "No conjunto, é somente por orgulho, por ignorância grosseira, por cobardia, que nos recusamos a ver, no presente, esboços das épocas que virão".
O Luís, que conheceu a IF em Portugal há muitos anos, tendo regressado à Venezuela há outros tantos, recuperou a IF através da web. Foi ele que se lembrou daquele extracto da Yourcenar. O Luís está na web também em Ombres de l'éther.

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Aconteceu ...
Por uma série de factores quase imponderáveis (incluindo um problema técnico), esta semana não houve Íntima Fracção.
Voltará para a semana.
Entretanto, na net, aqui ou ali, há muita coisa que provavelmente não ouviu ainda. Aproveite.

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21.9.06
 
I saw you standing there
With your hand in his hair
And his hand in
Your back pocket
I couldnt help but stare

I wanted to tell you
That i was back in school
But in the dark of the club
I knew it wouldnt carry much weight

Well, i'm trying to learn your language
I'm trying to learn your language

(Smog - Bill Callahan)

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THE WIND CRIES MARY



Vento moderado (20 a 35 km/h) de sul, soprando forte (35 a 55 km/h),com rajadas até 80 km/h, nas regiões do litoral, rodando para sudoeste e tornando-se fraco a moderado (10 a 25 km/h) para o final da tarde. Nas terras altas, o vento será muito forte (55 a 75 km/h) de sudoeste, com rajadas até 120 km/h, enfraquecendo gradualmente a partir da tarde, para forte (40 a 55 km/h), com rajadas até 80 km/h.

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18.9.06
 
IF 17 de Setembro de 2006

# The famous lost 10.1.2005 playlist

Reposição da IF do alinhamento desaparecido.
(Por muitos pedidos recebidos ao longo de meses)


Download mp3: http://www.esec.pt/radio/programas/intimafraccao/if.html
Podcast: http://www.gavezdois.com/
Rádio: http://www.ruc.pt/

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12.9.06
 


40 anos de Pet Sounds

Já foi em Maio, mas as edições comemorativas sairam depois (CD+DVD).
Há um blog exclusivamente dedicado ao disco ! Lá podem encontrar imensa informação, incluindo um podcast que está a ser publicado a propósito da data.
João Bonifácio ( Y - Público ) escreveu na passada sexta-feira :

MELHOR DISCO DE SEMPRE E PONTO FINAL.

De acordo !

Há aqui um vídeo que inclui pedaços da gravação de Pet Sounds. Nunca tinha visto.


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TUDO O QUE NUNCA QUIS SABER SOBRE A ÍNTIMA FRACÇÃO E PROVAVELMENTE VAI CONTINUAR A NÃO QUERER

Em 8 de Abril de 1989, a IF passou o seu 5º aniversário. Estava na RDP e eu estava farto (não da IF), desanimado, desmotivado. Agora, com esta coisa do encerramento do Independente e de me ter lembrado daquela página dedicada à IF, recordo também que no Caderno 3, dois dias antes, o Indy fez uma montagem especial com a imagem de uns phones, cujo fio se desenrolava pelas páginas do caderno até à penúltima onde se anunciava aquela emissão. Uns dias antes tinha tido uma conversa telefónica com o MEC a quem disse da intenção de acabar com a IF, durante o programa do 5º aniversário. O problema é que eu era funcionário da RDP e a ideia, a concretizar-se, corresponderia a um processo disciplinar e muito provavelmente o despedimento. Seja como for, e não por causa disto, o MEC insistiu para que eu não acabasse com a IF e mostrou-me a gratuitidade do gesto.
Na noite de 9 de Abril realizei a emissão em directo. Tinha tudo escrito (julgo que conservo essa planificação). Na primeira hora, uma IF de aniversário, mas normal. Na segunda disse como fazia o programa, descrevi o estúdio e falei das dificuldades em prepará-lo. Tinha solicitado que me concedessem um dia por semana para a sua preparação, mas tal foi rapidamente rejeitado por a IF "ser uma actividade complementar e não a principal no meu trabalho na RDP". Cheguei a desligar um dos gira-discos quando estava a reproduzir um disco, deixando o silêncio pairar com um peso fora do comum para um programa de rádio. Mas estava tudo escrito e previsto. A IF foi até ao fim e continuou.
Poucos dias depois, chegaram os primeiros contactos da TSF para onde me mudei em Setembro desse ano.

Nessa noite de 9 de Abril de 1989, Enya tocou num espectáculo da televisão japonesa. Encontrei esse vídeo. Não que Enya tenha sido visita habitual da IF, mas pelo menos Orinoco Flow passou por lá numa altura em que eu imaginava viagens ao longo das costas, com o mar à vista.

Para completar estas histórias, e a propósito da imagem que ocupava a página inteira do Independente sobre a IF, recebi do Frederico Mira George uma informação, embora sem garantia de estar correcta : a ideia surgiu na reunião de ilustradores e escritores, se não estou em erro, ideia lançada pelo jorge colombo e pela céu guarda depois executada pelo pedro morais.




ORINOCO FLOW
(Enya)

Let me sail, let me sail, let the orinoco flow,
Let me reach, let me beach on the shores of tripoli.

Let me sail, let me sail, let me crash upon your shore,
Let me reach, let me beach far beyond the yellow sea.

From bissau to palau - in the shade of avalon,
From fiji to tiree and the isles of ebony,
From peru to cebu hear the power of babylon,
From bali to cali - far beneath the coral sea.

From the north to the south, ebudae into khartoum,
From the deep sea of clouds to the island of the moon,
Carry me on the waves to the lands I've never been,
Carry me on the waves to the lands I've never seen.

We can sail, we can sail...
We can steer, we can near with rob dickins at the wheel,
We can sigh, say goodbye ross and his dependencies
We can sail, we can sail...

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10.9.06
 
IF 10 de Setembro 2006

# Niobe : In the sun (extracto)
# Jens Lekman : Me on the beach
# Niobe : In the sun
# Paul Simon : René and Georgette Magritte with their dog after the war
# Yo la tengo : Instrumental
# Four Tet : Fuji check
# BSO Lost in Translation : Intro Tokyo
# Radio Zhian Xuan (extracto)
# Piana : Early in the summer
# Gregor and Samsa : Young and old
# Southern Arts Society : That time is gone (extracto)
# People Like Us : Dead Radio (extracto)
# Quantic : Tell me like you mean it (extracto)
# Bell Orchestra : nuevo (extracto)
# Susanna and The Magical Orchestra : Don't think twice it's allright
# Oneida : Reckoning
# Yo la tengo : Downtown
# Idaho : To be the one
# Sengei Ono : I think of you

+ sons : corpo que cai na água; mar; " God forgive me ... but an old person without money is pathetic "; S.O.S. ; tráfego; pedras que rolam sobre pequena encosta.

Download mp3: http://www.esec.pt/radio/programas/intimafraccao/if.html
Podcast: http://www.gavezdois.com/
Rádio: http://www.ruc.pt/

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9.9.06
 
De regresso está também a Íntima Fracção.
Cada vez sei menos se é um programa de rádio ou se uma montagem sonora, uma música que utiliza outras músicas, voz, ruídos, sons, silêncios e expectativas. Um podcast ?
Este fim-de-semana, uma enorme colagem com várias surpresas.


Blinking lights on the airplane wings
Up above the trees
Blinking down a morse code signal
Especially for me

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Já não tenho dúvidas. Estão todos de regresso.
Os que enchem os carrinhos dos supermercados, que formam filas para o cinema, que ocupam os estacionamentos, que fazem outros ocupar.
Estão de regresso.
Os miúdos com corte de cabelo igual ao dos pop groups de há 40 anos, as famílias inteiras nos centros comerciais, o tipo que embirra com o segurança e ainda um outro que fala da viagem e das estradas.
Estão de regresso.
As motorizadas barulhentas como as de há décadas, os Seats a chiar na rotunda, os transportes cheios, as esplanadas ocupadas. A rapariga que me cumprimenta e eu não sei quem é.
Estão de regresso.
Às primeiras páginas dos jornais, os políticos, os consensos, os futebóis e que tais.
Estão de regresso e eu, embora me possa dar por satisfeito por cá estar, só penso em ir-me embora.

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7.9.06
 
A propósito do post "Os portugueses têm pavor do silêncio", recebi esta sugestão (obrigado):
http://www.forests-forever.com/cgi-bin/index.cgi

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5.9.06
 


Isto não é um cachimbo.
(e) Isto não é Setembro.



créditos : Ceci n'est pas une pipe (quadro - Magritte - 1929)
Come September (filme - Robert Mulligan - 1961)

músicas : René and Georgette Magritte With Their Dog After The War - Paul Simon
Come September Theme - Bobby Darin

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4.9.06
 
IF 3 de Setembro 2006

# Balun : A surprise
# Susanna and the Magical Orchestra : Enjoy the silence
# David Sylvian : Where the railroad meets the sea
# David Sylvian : September
# Caroline : Where's my love
# Hanne Hukelberg : Words and a peace of paper
# Johnny Cash : Help me
# Burial : Wounder
# Charlotte Gainsbourg : L'un part l'a
# Richard Jobson : India song
# Balun : Squared triangles
# Fiona Apple : Pale September
# David Sylvian : Cafe Europa
# tema de Ghost Squad

+ sons : pequena água, pequeno fogo, subir escadas, porta, futebol em televisão de país longínquo

Download mp3: http://www.esec.pt/radio/programas/intimafraccao/if.html
Podcast: http://www.gavezdois.com/
Rádio: http://www.ruc.pt/

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Os portugueses têm pavor do silêncio.
Agora que o ritmo da maré está em refluxo e as massas de regresso aos quotidianos cinzentos iluminados a néon de várias cores, o calor continua e o barulho (i.e. o ruído desorganizado) levanta-se em maré viva.
No meio da noite, para lá dos motores, ao longe, uma musiqueta persistente jorra de uma festa de subúrbio. Até as urgências de um hospital chamam os familiares dos assistidos como se estivessem numa estação de comboios. Oiço-lhes aqui perfeitamente os nomes. Posso fazer uma lista de toda a gente que por lá passou.
E se eu a publicasse na internet ? Proibiam-me de o fazer ou baixavam o som ? (reorientar as cornetas também não era mal pensado) ...
Ah ! se eu pudesse de novo viver dos meus programas ...
Partia de laptop de baixo do braço e algum lugar haveria para eu os produzir.
Tal como um escritor ?
Sim.

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2.9.06
 
Depois de me lembrar dos tempos do Indy ...
Os primeiros tempos da IF. Quando uma espécie de bossa nova entrara em alguma música do UK.
Everything but the girl.
Os dois primeiros álbums foram-me trazidos pelo Gonçalo de Carvalho (da BBC). Foi na IF que os EBTG passaram pela primeira vez na rádio portuguesa.



É desse tempo uma janela de bom gosto que se abriu nas charts UK. Astrud Gilberto entrou lá com a recuperada Girl from Ipanema e até a versão de Nina Simone para Don't let me misunderstood, regressou vinte anos depois e foi n# 1.

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Acabou O Independente.
Nos seus tempos de glória, quando Miguel Esteves Cardoso e Paulo Portas lideravam o semanário, a IF era por lá considerada o melhor programa da rádio portuguesa. A certa altura, sem eu saber (nem conhecer nenhum deles, só vim a conhecê-los depois), publicaram uma página inteira de publicidade completamente gratuita à Íntima Fracção ! O anúncio (uma foto com um miúdo de costas, no meio da noite, frente a um posto fronteiriço) foi das mais belas imagens criadas sobre a IF. Nunca soube de quem foi a ideia.
Obrigado Indy !
É estranho o fim deste jornal.

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Às vezes encontro umas referências à Íntima Fracção que me surpreendem. Esta vem de longe. S.Paulo - Brasil. Julio Daio Borges é colunista do Digestivo Cultural e coloca a IF na sua lista de Melhores Podcasts. Leia aqui os motivos.

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1.9.06
 
... all back home também é agora evidente nas cidades. De novo tudo igual. Uma espécie de fases da lua a que estamos obrigados. Um desespero.

Will I see even if the day's are getting short?
Will I see even if the day's are getting shorter?
Will I see?

(Time - Susanna and the Magical Orchestra)

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A 2: passou hoje a I parte de "No direction home", o documentário de Martin Scorsese sobre Bob Dylan (esta 6ª passa a II parte). É uma boa lição sobre parte da música dos anos 60. E também sobre Dylan - o génio, o oportunismo, as contradições e a inovação.
Fico sempre um bocado na dúvida sobre a bondade destas programações, numa altura em que foi editado um novo disco de Dylan. De qualquer forma, aprecio.

A capa de Bringing it all back home sempre me fascinou. Uma foto de Daniel Kramer, com Sally Grossman (mulher de Albert, manager de Dylan) ao fundo. Revistas sobre a mesa. Um gato ao colo de Bob. Uma sofisticação e ambiente que não batiam certo com o mundo de Dylan.
Este disco foi gravado em três dias de Janeiro de 1965. Quando o descobri, uns anos depois, ficava a ouvir Love minus zero / no limit, quase em repeat.

In the dime stores and bus stations,
People talk of situations,
Read books, repeat quotations,
Draw conclusions on the wall.

Some speak of the future,
My love she speaks softly,
She knows there's no success like failure
And that failure's no success at all.

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