Persisto em frente ao écran, tal como um crente perante o altar. Também eu sei que não está aqui a "salvação", mas vou ajoelhando, num ritual esperançoso. Afinal, não fui eu que escrevi "sempre à espera de um sinal, de uma resposta, da intimidade de uma esperança" ?
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Francisco em 30.6.07
" ... uma longa viagem através da pop animada, do jazz meditativo, dos sons orientais, da música lounge dos anos 50, da philly soul, do folk contemporâneo e da música clássica. E é também um pequeno disco. Cada canção vive e respira no seu pequeno mundo, [...] uma música diferente, que é ao mesmo tempo familiar e no entanto estranha. Pop suave com espinhos escondidos, música farpada (barbed), como o arame, e eles próprios."
"Barbed, the reclusive black-sheep of the UK experimental family" Motion
Depois, Gavouna : Falling EP.
" Não há comparação possível para a sua música... Talvez Arthur Russell na sua fase mais frágil, ou Penguin Café Orchestra... No fundo algo tão frágil para se conseguir absorver, no entanto imbuído de uma persistente ressonância emocional, raramente encontrada neste mundo electrónico tão agressivo."
"Meticulously hand crafted, delicate precision" I-DJ
Muito antes de Kill Bill, já o célebre assobio tinha passado pelo écran. Em 1968, no filme britânico com o mesmo nome, "Twisted nerve", realizado por Roy Boulting. A música é do compositor favorito de Alfred Hitchcock, Bernard Herrman. Passará na próxima IF e está aqui um extracto do original em 1968.
Música planando na madrugada, nos anos leves e crentes que não me valeram a eternidade.
Pilots - Goldfrapp (quase impossível, mas sim, ao vivo)
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Francisco em 27.6.07
26.6.07
You're dead but the world keeps spinning Take a spin through the world you left It's getting dark a little too early Are you missing the dearly bereft?
IF 25 Junho 2007 1ª parte # Harold Budd : Algebra of darkness (extracto) # Electrelane : Carolina Wren # Peter Gabriel : Close up # Bill Callahan : Night # Lanterna : Hope # Leo Abrahams : Rise # Explosions in the Sky : So long, lonesome # Stratus : The fear # Au Revoir Simone : The way to there # Suicide : Surrender # Fleetwood Mac : Albatross # Lambchop : The new cobweb summer (live) # Piano Magic : Journal of a disappointed man # Jay Jay Johanson : Coffin # El Perro del Mar : Candy # Belbury Poly : Farmers angle
2ª parte
# Billie Holiday : Summertime # Takagi Masakatsun : And then # Colleen : Summer water # Beach Boys : Surf's up (instrumental) # Beach Boys : Wind chimes (instrumental baking track) # April March : Chrominance decoder # The Nits : The dream # Nino Rota : Patricia (extracto bso La Dolce Vita) # Nino Rota : Why wait (final bso La Dolce Vita) # Rosa Passos : Aos pés da cruz # Maria Taylor : Xanax # Alpha com Helen White : Morning jam # Lars Horntveth : Pooka # Maysa Matarazzo : Fácil dizer adeus (com fogo de artifício de fundo) * # Mudd : Summer in the wood *
O toque do meu telemóvel. O final de "Tempos Modernos", de Chaplin.
Smile ... what's the use of crying ...
A esperança e o receio de não reconhecer a fronteira para além da qual a esperança se torna patética. A esperança e o receio de poder existir uma fronteira para além da qual a esperança se torna patética.
# Balun : Opening the box # Felix Laband : Red handed # Migala : Moon river # Kid Koala + P.Love : Moon river # Morrissey : Moon river # Moby : Lilly (extracto) # Castanets : No voice was raised # Hope Sandoval and The Warm Inventions : On the low # Múm : Sleep-Swim (extracto) # M.Ward : Radio Campaign # Piano Magic : You can never get lost (when you've nowhere to go) # Junior Boys : FM (Marsen Jules remix) # Nick Drake : Try to remember # Sly&Robbie : Hight voltage syndrome
2ª parte
# Tom Verlaine : A burned letter # Black Sabbath : Laguna sunrise # Dead Combo : After peace swim twice # Belle and Sebastian : I know where the summer goes # 12Twelve : Intonarumori # Nina Simone : Nobody knows you when you're down and out # Piano Magic : I must live London # The Focus Group : Verberations # The focus Group : Verberations int. # Johnny Cash : Hurt # Destroyer : The music lovers (never ending If mix) # Lars Horstveth : Kahlua blues (extracto) # Lisa Germano : Big, big world # The Tony Hatch Orchestra : Ghost Squad theme # Jon Hassell : Estate (summer)
Por vezes, são persistentes as memórias da época leve da IF. Normalmente chamar-se-ia a isto, saudade. Prefiro nostalgia. Quero o seu regresso, não a sua repetição.
E fui lembrar-me dos Eels, de Electro-Shock Blues (Outubro de 1998). Na IF, incontornável era "The Medication Is Wearing Off". Encontrei a prestação ao vivo (no Live on Late com Jools Holland) de "Last Stop: This Town". Surpreendente como conseguem reproduzi-la live, cheia de stops-and-goes ...
Estórias incríveis da música pop que só me passam pela memória nas sextas-feiras à noite.
Carole King, a quem é dedicada a célebre "Oh Carol" (1959 - tinha Carole 17 anos), por Neil Sedaka, começou a escrever músicas com grande sucesso nos tops de vendas, por volta de 1960. Casada muito cedo com Gerry Goffin, em 1962 tinha em casa uma empregada negra, Eva Boyd, que impressionava o casal com a sua particular forma de dançar. Escreveram para ela "The Loco-motion", que foi um instantâneo #1 de vendas.
Little Eva, como ficou conhecida, era mesmo pequena. A partir de 1964, deixou de ter qualquer impacto comercial e acabou por retirar-se em 1971. No final dos anos 80, depois de Kylie Minogue ter lançado uma versão de "The Loco-motion", Eva (que sempre detestou a versão) fez um comeback pelos circuitos nostálgicos e continuou a cantar até 2001. Com uma grave doença cervical, morreu em 2003 com 59 anos.
Este vídeo (ao vivo) de Little Eva, é da época do seu regresso, com muitos quilos a mais, mas ainda cantando "The Loco-motion".
Carole King, hoje com 65 anos e com novo disco acabado de sair, parece eterna. Vejam-na, espantosa, já com 52 anos, numa brincadeira ao vivo sobre a sua própria canção escrita trinta anos antes !
Carole King compôs mais para terceiros do que para ela própria. É impressionante a lista de nomes que venderam à custa de Carole. Activista empenhada pelo Partido Democrático norte-americano, voltou não só a gravar como a actuar ao vivo. Aqui, numa entrevista à TV Neozelandesa, no final de 2006, dizendo mal de Bush, mas garantindo que "I love my country".
Genérico de abertura do filme "Up the Junction" (1968), realizado por Peter Collinson. Começou como tele-filme em 1965 e foi refeito para cinema três anos depois. Neste extracto vê-se a ponte de Chelsea e as torres da central de Battersea, hoje desactivada. A história passa-se entre uma jovem "bem nascida" naquele bairro rico de Londres e as suas amigas "working class" de Battersea. Cinema britânico ... A banda sonora, excelente, foi escrita por Mike Hugg e interpretada por The Manfred Mann Group. Procuro este filme em DVD ... há anos !
Hello Tomorrow A voz de Karen O. dos Yeah Yeah Yeah, na banda sonora de um spot publicitario da Adidas que já passei na IF como música autónoma. Ver e ouvir !
# David Toop And the Max Eastley : Burial Rites (extracto) # Susanna and The Magical Orchestra : Who am i # Eels : Theme from Blinking Lights # Elizabeth Anka Vajagic : Beneath quiet mornings (extracto) # Eels : Blinking lights (for me) # Eels : Blinking lights (for you) # Micatone : Belgien # John Brion : Elephant Parade # Wunder : How are we # The Books : If not now, whenever # Mono : Giant me on the other side # TBA : Sleepwalkers # The Moody Blues : I never thought i'd live to be a hundred # Golden Smog : Backstreet girl # Jimmy Hendrix : The wind cries Mary # People like us : Nothing # The Human League : Don't you want me (instrumental - extracto IF remix) # The Moody Blues : I never thought i'd live to be a million # Susanna and The Magical Orchestra : Time # Eels : Checkout blues # Smog : In the pines # John Barry : We have all the time in the world # Eels : Theme for a pretty girl
2ª parte
# Beach Boys : Wind chimes (instrumental gravado a 3.9.66) # Beach Boys : Surfer girl # Colleen : The heart harmonicon # Brian Eno : Long way dawn # Alla Polacca : D-Floated + Secret satellite # Four Tet : Clouding (excerto) # Damon and Naomi : While my guitar gently weeps # Six Organs of Admittance : Home # Susanna and the Magical Orchestra : Believer # Piano Magic : The journal of a disappointed man # Eels : Marie floating over the backyard # Colleen : Mining in the rain (extracto) # Stereolab : With friends like these (extracto) # Beach Boys : Surfer's stomp # Les Baxter : The enchanted sea
Uma das grandes vozes da soul branca, Timi Yuro, que cantou uma única vez em Portugal, nos Açores, nos anos 60. Gravou a sua mais reconhecida canção "Hurt", quando tinha 18 anos. A sua carreira decorreu fundamentalmente entre 1960 e 65. Fez um comeback nos anos 80, na Europa, com concertos de "a casa foi abaixo". Esta poderosa voz teve uma primeira falha de que recuperou, mas acabou por desaparecer totalmente, anos mais tarde, quando lhe foi removida a laringe. Timi Yuro morreu em 2004, com 63 anos, e eu julgava-a viva. Não é assim que se mede a imortalidade ?
No início, num teledisco absolutamente camp ...
E já nos anos 80, de voz ainda inalterada, vinda do fundo da alma.
Apresentação do livro de autoria de Janete El Haouli, que apresenta o pensamento e as contribuições do cantor, performer e pesquisador da voz - Demetrio Stratos. De origem egípcio-grego-italiano, é uma das mais perturbadoras e importantes personalidades da música contemporânea, falecido prematuramente em 1979, aos 34 anos, e cuja obra permanece como uma das mais ricas investigações sobre a voz no século XX. As suas pesquisas e propostas alcançaram o mundo da performance, da fonologia e da linguística, da psicanálise, bem como da antropologia e da música experimental. Stratos transitou pelo rock and roll, criou e participou do importante grupo de rock progressivo Area (International POPular Group), e vai ainda buscar à música étnica e às suas observações dos sons emitidos pelas crianças, a construção da sua estética e de uma pedagogia experimental da voz. Demonstra nas suas ideias e criações um importante diálogo com as multiplicidades estéticas, procurando incessantemente compreender o significado e os limites da voz, da linguagem, afirmando que “a voz, na música, hoje, é um canal de transmissão que não transmite mais nada”.
Janete é formada em Música (piano) e fez mestrado e doutoramento em Artes/Rádio na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. É professora associada do Dpto. de Música e Teatro da Univ. Estadual de Londrina (UEL), onde coordena o projecto Rádio-Acção / Núcleo de Estudos em Música e Contemporaneidade. Produziu o programa radiofónico "Música Nova - rádio para ouvidos pensantes" (1991-2005) na Rádio Universidade FM, de que foi directora-geral entre 2001 e 2005. Trabalha em projectos de criação e de pesquisa sobre a escuta de paisagens sonoras na rádio e ecologia acústica, e desenvolveu projectos de criação radiofónica (arte acústica) para a Westdeutscher Rundfunk/WDR (Colónia) e a DeutschlandRadio (Berlim).
canto per te che mi vieni a sentire suono per te che non mi vuoi capire rido per te che non sai sognare suono per te che non mi vuoi capire
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Francisco em 7.6.07
Vindo do fundo das horas, excerto de um vídeo com os cometas (só duraram 18 meses) Young Marble Giants, há 27 anos e ao vivo.
IF 4 de Junho 2007 1ª parte # Heiner Goebbels / Arto Lindsay : Alone in the elevator (extracto) # Hauschka : Where were you # Ray Lamontagne : Within you # Frida Hyvonen : Straight thin line # Paul Simon : René and Georgette Magritte (with their dog after the war) # Beach Boys : Wouldn't it be nice (extracto gravações) # Oldham Brothers : Wouldn't be nice # Beach Boys : Pet Sounds (extracto gravações) # Architecture in Helsinki : Pet Sounds # Donna Regina : Enemy - no enemy # Hanne hukkelberg : Boble # Sol Seppy : 1 _ 2 # The Focus Group : Activity and Scales # Richard Hawley : Last orders # Richard Hawley : The only road # Alla Polacca : A
2ª parte
# Charalambides : There is no end # Chistian Fennesz & Ryuichi Sakamoto : Haru # Manual : Blue skied an' clear # The National : Fake empire # The Cinematic Orchestra : Time and Space # Post Industrial Boys : Garden # Andrew Bird : Beep Bop Bope (extracto) # Hannu : Junassa # Piano Magic : Cities and factories # Labradford : Soft return # Leo Abrahams : Honeytrap
Tomo como exemplo um post incluído por Rui Bebiano em A Terceira Noite, sobre o regresso da Íntima Fracção a uma difusão nacional por via hertziana. "Música nocturna".
Com este link agradeço a todos os que escreveram e ligaram à IF por esta ocasião. A todos, sem excepção. Mesmo aos que não conhecem a IF e mesmo assim resolveram dizer alguma coisa ...
Aproveito este post para agradecer a todos que enviaram e-mails. Neste momento é-me impossível responder a todos.