Escrevi no primeiro post : "Com a facilidade dos contactos via internet, não vejo razão para não me expôr. Quem AMA a IF, é porque tem algo em comum. Aqui estarei para contar tudo o que quiserem e tudo o que eu quiser. Fraccionadamente e na intimidade do Ciberespaço."
Talvez não tenha sido bem assim. A partir desse momento a, até então, tranquila história da Íntima Fracção, entrou numa fase de instabilidade. Fim das emissões na TSF (depois de quase 15 anos consecutivos de transmissões); um ano meio perdido pela net (embora com um inesperado e vasto apoio de ouvintes que, afinal, eram mais do que mil (!); um quase regresso à RDP que ficou sempre suspenso "in extremis"; refúgio hertziano na Rádio Universidade de Coimbra; passagem de meio ano pelo Rádio Clube Português (pelo menos passei por mais uma estação histórica da rádio em Portugal ... só me falta o grupo Renascença !); e, neste momento, a IF a caminho da novidade de ser distribuída online pelo Expresso (depois de ter, hertzianamente falando, emigrado para a rádio espanhola EMA rtv).
Não contei tudo o que quiseram, nem tudo o que eu quis. Mas uma coisa é certa : o blog devolveu-me um apoio por parte de antigos e recentes ouvintes que, de outra forma, talvez nunca tivesse acontecido.
A relacção entre o privado e o público, que quase desfiz logo ao segundo post, é, no caso do blog da IF, o mais difícil de gerir. Tentar escrever sobre o programa sem escrever sobre quem o faz, é uma contradição difícil de resolver. Por isso os sinais (sempre à espera de um sinal), o falar não sobre mim, mas, através do meu discurso sobre o mundo que vejo e ouço, falar também de mim.
A todos os que não deixaram "cair" a Íntima Fracção, quero, para lá de agradecer, deixar-vos a "intimidade de uma esperança" !