Pouco
para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito
do programa de rádio
ÍNTIMA FRACÇÃO
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13.8.05
CAIXA NEGRA é o título do livro de Frederico Mira George - edição Amores Perfeitos /Quasi / Magnólia. Quem conhece o blog Saudades de Antero, saberá do que se trata. CAIXA NEGRA está organizado em cinco capítulos a que Frederico chamou livros. CAIXA NEGRA é uma colecção de textos que seguem as citações-farol do blog: "the essential is no longer visible" - heiner muller / "um dia, sonhei que acordava" - m.cesariny CAIXA NEGRA poderia ser uma colectânea para utilizar na IF. Frederico, suponho, vive a nostalgia da rádio. O texto #23, página 37, é-me dedicado.
para o francisco amaral
que faço com as horas de dor ? eu, rádio tremor de um éter perdido, de orgãos devorados que faço quando o amor é cada vez mais fraco e as noites mais curtas e sem olhos não há silêncios e morrem as paixões azuis demasiados os invasores são demasiadas as ruidosas trovoadas-sem-fios nem sequer relâmpagos já só trovões missionários no negro da lua
onde estás floresta ? onde azul - minha telefonia
Aproprio-me do poema. Alguém (ele, Frederico) escreveu-o para (por ...) mim. A bela capa é do próprio Frederico Mira George, sobre fotografia de A. Carlos Mira, Lisboa 1932. Um livro para descobrir lentamente. Haverá sempre um texto escrito para (por ...) cada um de nós (leitores).
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Francisco em 13.8.05
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