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29.11.04
 
No meio do correio electrónico, encontro uma mensagem que me coloca perante o que faço. A IF. Por quê ? Como ?
A propósito de India Song, cantada por Jeanne Moreau, que saía com frequência do coração da IF. Canção, única, vinda do filme com o mesmo título realizado pela Duras.

" ... perguntar-se-á porque lhe conto tudo isto. Bem, é simples. Passei todo o filme a pensar na IF, por várias razões. Ainda um dia antes, numa das minhas cassetes que gravei de antigas edições da IF, ouvia essa musica (que agora sei, ser a India Song, cantada por Jeanne Moreau) e perguntava-me de onde surgiria aquela melancólica e misteriosa música. No final do filme só necessitei chegar ao carro, e fazer Rewind, para poder ouvir a peça mais importante do filme.
Assim pareceu-me óbvio que, todo o jogo de vozes dos narradores que nos guiam pelo filme é uma ideia muito similar à da IF. As vozes sugestionam um contexto, a musica guia-nos pelas atmosferas e as imagens (ao contrário do que estamos habituados) não são necessariamente óbvias e rígidas, mas sim o resultado de uma experiência muito mais intuitiva do que racional. Daqui resulta uma percepção quase mágica da realidade. É este o segredo da IF.
É este o paralelismo que encontro.
Porque é um assim que "vejo" a Íntima fracção. Ao início da madrugada, uma visita intimista num claro convite à magia."


A isto, respondi :
" De facto, passei com frequência Índia Song, pela Jeanne Moreau.
A sua interpretação da IF, partindo desse belo filme da Duras, ajuda-me a entender melhor o que faço. Há anos que oiço algumas pessoas falarem da "magia" da IF. Para mim, que a produzo, não é fácil reconhecê-la. As leituras dos outros ajudam-me a compreender a minha "escrita radiofónica" e aquilo que será o discurso contido na IF. Estou de acordo quanto à experiência mais intuitiva do que racional, mas a elaboração da IF, ao contrário do que será a re-elaboração feita por cada ouvinte, procura a organização do intuído.
Durante anos, nada disto foi óbvio. De algum tempo para cá, tenho a ideia precisa do universo da IF. Só não consigo, não quero, encontrar a resolução para o seu desenho. É esta procura que a constrói. Impossível de repetir, ela prossegue como o avanço dos dias - entre a memória e a ânsia pelo futuro."



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