Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito do programa de rádio
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23.7.04
 
Por uns dias vou à procura das ondas.
Talvez encontre a Íntima Fracção.

Esta noite, quando entrei no Smart, tive uma estranha sensação. Na rádio, Mar de Outubro da Sétima Legião, logo seguido da Virginia Astley. Pareceu-me olhar para mim próprio, de fora e sem ser ao espelho. Como se eu fosse um outro que, desesperadamente, olha para mim sentado num estúdio de rádio há vinte anos. O engano esgotante da memória. Não quero repetir nada. Quero apenas regressar, como aquele que se perdeu e, para retomar o caminho em frente, tem de voltar ao ponto de partida por que é aí que sabe guiar-se pelas estrelas.
O responsável por esta estranheza foi o Nuno Ávila (um caso de amour fou pela rádio) surfando nas ondas da RUC.

Agora, preparam-se as homenagens a Carlos Paredes. Tinha sido muito mais justo que, ao longo dos anos, se tivesse feito alguma coisa para que Paredes não fosse um génio a ter que dividir a vida entre um serviço público burocrático e a sua Arte.
Lembro Carlos Paredes a pedir-me mil desculpas por não autorizar a gravação de um espectáculo. Eu estava  apenas a cumprir ordens. A produção tinha falhado redondamente. E o Carlos Paredes a dar-me o número de telefone de casa, a convidar-me para lá aparecer, a garantir uma entrevista, uma coisa diferente, uma espécie de compensação que me esperaria lá por Benfica. O que o Carlos Paredes não queria era que eu pensasse que se tratava de uma birra de artista. O homem não sabia de nada, e quando entrou no palco para um pequeno teste de som, deparou-se com todo aquele equipamento.
Era (é !) um enorme Artista e um homem simples.
Está aberta a caça às homenagens ...
Os pequenos são homenageados em vida (e de que maneira !). Os grandes, quando o são, já não lhes serve para nada.

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