Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito do programa de rádio
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Íntima Fracção
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11.8.03
 


Atravessando sozinho o deserto, transportando-se a si mesmo sem nenhum apoio trascendente, o homem actual caracteriza-se pela sua vunerabilidade.

Esta constatação, com 20 anos, vinda das reflexões de Lipovetsky na "Era do vazio", foi a base para a criação do programa de rádio "Íntima Fracção".
Verifico que quase nada se alterou. Na noite, o céu do deserto é por vezes riscado por estrelas cadentes, pela vinda do cometa que só voltará para os filhos dos filhos dos nossos filhos. Há luares. Promessas de auroras suaves.

É verdade que alguma coisa mudou, mas a vulnerabilidade é cada vez maior.

Sinto também necessidade de dizer que a IF é a forma que encontrei para me opôr a isto : " ... Não tomar partido, não se meter em política, não discutir, não votar, não se manifestar é ... a expressão máxima da ideologia dominante."





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