Pouco
para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito
do programa de rádio
ÍNTIMA FRACÇÃO
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4.8.03
As férias tornaram-se uma triste ilusão com a qual se sonha durante meses.
Já não deslizo sobre as águas. Já não vejo o mar ao pôr-do-sol, nem descubro os últimos a sair da praia.
Já não como gelados seja em Cascais, na esplanada da Figueira ou numa gelataria apinhada do Algarve.
Já não canto o "tube" deste ano ( até porque não há UM ).
As férias estão cercadas pela vida, os imponderáveis e pelo tempo. A meio entre o interior queimado e o litoral superlotado.
O Verão deixou de ser um tempo de projectos. Deixou de ser a época das paixões.
As férias não são mais "on the road" e muito menos de "cabelos ao vento", porque cada vez há menos dinheiro para carros descapotáveis. O espírito do filme italiano " A ultrapassagem ", está, claro, ultrapassado.
As férias são agora retratadas por milhares de pessoas a empurrarem-se para tentar entrar nas festas das revistas !
As férias são aquilo que o destino quer e nunca o que se sonhou.
A angústia vem de querermos agarrar o Verão e de ele fugir com as férias.
"Pela restituição do Verão aos cidadãos de boa vontade ... ".
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Francisco em 4.8.03
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