Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito do programa de rádio
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14.6.03
 
ÍNTIMA FRACÇÃO

14 / 15 de Junho de 2003

# Cat Power : I found a reason
# Melanie Safka : California dreaming
# Carla Bruni : La noyée
# Air + Françoise Hardy : Jeanne
# Keren Ann : On est loin
# Electric Light Orchestra : Can't get it out of my head
# American Music Club : The confidential agent
# Jimmy Hendrix : The wind cries Mary
# My Bloody Valentine : We have all the time in the world
# Tara Jane O'neill : Another sunday

# [smog] : Feather by feather
# [smog] : Let's move to the country
# Cowboy Junkies : Blue Moon
# The Softies : My empty arms
# Emilie Simon + Tim Keegan : Femme Fatale
# Vincet Delerm : Fanny Ardant et moi
# Marianne Faithful : As tears go by
# Costeau : To know her
# Thomas Newman : Dead Already

créditos sobre # Astrud Gilberto : Quiet nights
música suplementar # Brad Meldhau : Dear Prudence

textos

" Como se todas as esperanças, há muito esquecidas, não se tivessem concretizado e fossem, agora, de novo possíveis." (F.A.)
" No meio da noite, uma inesperada gaivota branca, de luz própria, risca o escuro. " (F.A.)
" Quanto mais fundo se mergulha, mais pessoal e única se torna a vida do mergulhador." ( Bresson)
" É preciso que os ruídos se tornem música. Há que ter a certeza de que se esgotou tudo o que se comunica pela imobilidade e pelo silêncio. " (Bresson)
" O ouvido vai muito mais para dentro, o olhar para fora. " (Bresson)
" Duas pessoas que se olham nos olhos não vêem os seus olhos, mas os seus olhares. Será por essa razão que nos enganamos sobre as cores dos olhos ? " (Bresson)
" Pretendem encontrar a solução onde tudo não é mais do que enigma. " (Pascal)
" Às vezes, acontece-nos ver pela primeira vez (duração de um relâmpago), um cão, um carro, uma casa. Tudo o que neles há de especial, de louco, de ridículo, de belo, deixa-nos estarrecidos. Mas logo a seguir, o hábito funciona como a mais demolidora das borrachas de apagar. Afagamos o cão, mandamos parar o carro, habitamos a casa : deixámos de os ver. " (Cocteau)

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