Pouco
para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito
do programa de rádio
ÍNTIMA FRACÇÃO
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2.6.03
Há anos que não entro num estádio, mas mais facilmente lá voltarei para ver um jogo de futebol do que para ver um concerto de música. Se ainda me pudesse pôr dentro de uma máquina do tempo que me levasse ao Shea Stadium para ver os Beatles ... Uma vez caí na asneira de ir ver/ouvir a Nara Leão a uma praça de touros ! Quando o Ray Charles foi ao Campo Pequeno, tive imensa pena, mas não fui. Como também não fui ver o Sinatra às Antas. No entanto, fui aos Jerónimos ouvir o Tom Jobim. Tive bilhetes para uma data de estádios para ouvir uma data de músicos e bandas. Nunca fui. Grandes festivais de poeira a cheirar a Woodstock fora da validade, com alguma tecnologia à mistura e desportos radicais, também " não, obrigado ! " Os Coliseus e outras salas ( sobretudo outras salas ) estão bem, agora estádios ... nem com binóculos.
Anunciam-se uma série de coisas sofisticadas para o Sudoeste. Tenham dó. João Gilberto vem cantar aos Coliseus e mesmo assim acho o espaço muito grande.
De volta aos estádios. Em cidades onde não há salas de espectáculos em condições, os estádios para o "Euro-2004" são uma aberração. Mas ... é possível que entre de novo em algum para ver a Académica. O que se há-de fazer ? Há dragões, há leões, há águias, ... . Acredito pouco no futebol, mas a Académica era a carta fora do baralho que só vinha baralhar as contas aos outros. Sempre achei isso fascinante. Sei que já não é assim, que está tudo muito nivelado pelo "empresário labrosca emergente ". Talvez a Académica invente um espaço para a criatividade e para a classe no futebol. Não se trata da "classe" hoje vulgarizada. Trata-se de uma outra forma de se ser jogador de futebol. A Académica já os teve. Poderá inventar outros ?
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Francisco em 2.6.03
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