Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito do programa de rádio
ÍNTIMA FRACÇÃO OUVIR ON-LINE ou PODCAST

 


>
Íntima Fracção
> um programa de Francisco Amaral
>
> Contacto:
franciscoamaral@gmail.com


> RSS Feeds

>
Arquivos
12/2002
01/2003
02/2003
03/2003
04/2003
05/2003
06/2003
07/2003
08/2003
09/2003
10/2003
11/2003
12/2003
01/2004
02/2004
03/2004
04/2004
05/2004
06/2004
07/2004
08/2004
09/2004
10/2004
11/2004
12/2004
01/2005
02/2005
03/2005
04/2005
05/2005
06/2005
07/2005
08/2005
09/2005
10/2005
11/2005
12/2005
01/2006
02/2006
03/2006
04/2006
05/2006
06/2006
07/2006
08/2006
09/2006
10/2006
11/2006
12/2006
01/2007
02/2007
03/2007
04/2007
05/2007
06/2007
07/2007
08/2007
09/2007
10/2007
11/2007
12/2007
01/2008
02/2008
03/2008
04/2008
06/2012
05/2015
04/2016
09/2016
12/2016
04/2017
07/2017

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

 



 

 

 

13.1.03
 


Morreu um dos Bee Gees. Maurice. Aparentemente os Bee Gees não têm nada a ver com a Intima Fracção. Mas têm. Este grupo de australianos que vieram adolescentes para Inglaterra, parece que agora só são lembrados pela sua fase "disco-sound". Aliás, foi nessa fase, na segunda metade dos horríveis anos 70, que devem ter feito dinheiro como quaisquer outras estrelas pop. MAS ! Parece que quase toda a gente se esqueceu da fase britânica, eram todos eles muito novos ( 17,18, 19 anos) e onde produziram canções interessantes. Em alguns casos, canções muito interessantes. Das memórias da IF fazem parte temas como :Spicks And Specks; Turn Of The Century (tenho comigo diversos takes desta música, incluindo o utilizado depois para publicação);New York Mining Desaster 1941; Craise Finton Kirk Royal Academy of Arts ( uma cançãozinha que se adaptava perfeitamente à desilusão da minha passagem pela Escola Superior de Belas-Artes); To Love Somebody (cantada por gente muito ilustre como Nina Simone, e tema incluído na banda sonora de um filme despretencioso, "Melody"); Please Read Me (Many years ago I was a simple man A simple man, no worries me I never lied Please read me. ); Day Time Girl (penso que foi a única música dos Bee Gees que passei na IF. Elegante. Levemente triste. Desanimada. Ouvi-a repetidas vezes em Setembro de 1968. Numa pequena praia do litoral oeste. À tarde, com um tempo entre a chuva e o sol, encontrava-me em casa do Pascoalinho (a última vez que o vi estava no I.S.Técnico) e ficava para ali à espera de um milagre qualquer saído das ondas em frente.
A música que mais impressiona neste momento é "I Started a joke". Desde o princípio de Dezembro que me tinha lembrado dela. Eles escreveram isto há trinta e cinco anos, quando Maurice Gibb tinha 18 para 19 anos : " Til I finally died, which started the whole world living, oh, if I'd only seen that the joke was on me. ". A partir daqui, confesso, para mim os Bee Gees deixaram de existir.
Mas esta meia dúzia de canções não merecem que sejam esquecidas em favor dos falsetes e coreografias que os australianos foram fazer para a América. Mas será que o público norte-americano merecia melhor ? Não temos também agora aqui (Portugal) uma enorme quantidade de subprodutos que até se aplicam muito bem à boçalidade reinante ?
Depois do Joe Strummer (Clash) - e como eu gosto de "Sandinista" - a morte de M.Gibb não me deixou indiferente. Lamento. É mais um bocadinho de mim que morreu. E não é tudo ... Também não fiquei indiferente à morte (assassínio ?) do José Viana. Quando era miúdo, desenhava um rabisco qualquer numa tela, e o José Viana partia dali para os desenhos mais inesperados e fantásticos que a mente de um garotinho não podia imaginar. Fascinante. E também me custou a morte do maestro S. Galarza. Não só porque também faz parte da minha infância, mas também porque tinha talento e uma delicada e contida elegância.






0 Comentários
início