Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir. A propósito do programa de rádio
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28.6.04
 
É por causa do "amor incondicional" que demoro a chegar à lista das músicas incondicionais para o CD - 20 anos da IF.
É ainda à procura do mesmo amor que vou fazer uma IF de Verão.
Está ainda aí alguém ?



The sun is out - the sky is blue
there's not a cloud to spoil the view
but it's raining - raining in my heart

Raining in my heart - Buddy Holly


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Nunca houve pouco para dizer, mas sim a impossibilidade de o fazer.
Dizer.
Desde sempre, saber que dizer dos outros, das coisas, das músicas, do mundo, é dizer de mim. Assim, na subtil arte da Comunicação, estou muitas vezes entre o que desejo absolutamente dizer e o que devo (ou julgo) dizer para ser merecedor do "amor incondicional". Aquele, dizem (justamente), que é o que procuramos desde o momento em que nascemos.

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22.6.04
 


Não há grande espaço para mais.
Os olhares estão postos num ponto distante. Os ouvidos também.

Esta bela fotografia de Paulo Novais, da Lusa, sublinha a frase chave da IF: pouco para dizer, MUITO para escutar, TUDO para sentir.
Há festejos ruidosos nas ruas - muito para escutar. As pessoas parecem felizes - tudo para sentir. Os Beatles (George Harrison) descreveram este sentimento há muito : " ... the smile's return to the faces."
É certo que estes grandes arrebatamentos colectivos, em Portugal, são apenas conseguidos quando a bola bate nas redes das balizas contrárias. Mas quem sabe ? Talvez um dia, aqueles em quem o país devia também ter orgulho, tenham o mesmo tempo de antena. Pode ser que haja mais noites de festa !
A festa do futebol é bonita, mas ...
" ... queremos muito mais ... " !


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18.6.04
 
POST INDUSTRIAL BOYS - POST INDUSTRIAL MEDIAOCRACY

Está bom tempo. Há futebol. As ruas parecem uma pintura "fauve" a verde e vermelho. É provavel que "alguma coisa mude para que tudo fique na mesma".



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16.6.04
14.6.04
 
Há alguns anos (muitos, provavelmente) correu o boato de que o Ray Charles tinha morrido.
Eu e o Amândio vestimo-nos de luto. Eramos adolescentes. Estavamos desolados. Verdadeiramente desolados. Vivíamos com aquela voz dentro de nós. Gostaríamos de tocar piano como Ray.
Devo ter chorado um bom par de vezes ao ouvir alguns temas de Ray Charles. Não duvido que tivesse companhia. Van Morrison disse-mo.
Esta é uma velha foto de Ray com um significado especial para mim. Estava na capa do EP -edição portuguesa - que incluía "Together again".



Um dos discos de Ray Charles de que mais gosto (e que me deu um trabalhão a encontrar em CD), tem lá dentro algumas das peças mais significantes da carreira do "High Priest".



Coisas (para OUVIR aqui em baixo) como

YOU WON'T LET ME GO
IT HAD TO BE YOU
TELL ME YOU'LL WAIT FOR ME
DON'T LET THE SUN CATCH YOU CRYIN'

Mas há muita música de Ray Charles que DEVE ser ouvida. Segue num próximo post.
Tudo a propósito da morte, a 10 de Junho, de uma das mais fantásticas vozes da música do século XX. Claro que esta gente não morre. São mortais, mas não desaparecem. Cá estão os discos, os DVDs, a música na rádio (já não garanto ...).
Amândio. Desta vez, foi mesmo a sério. Não vou pôr luto. Sei que lhe dirás o quanto o amamos !





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10.6.04
 
Nada para dizer.

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9.6.04
 
O filme que ganhou a Palma de Ouro no último Festival de Cannes, já tem na internet o respectivo trailer.

É só carregar sobre a imagem. Como há muita procura, pode demorar um pouco.



Fahrenheit 9/11, de Michael Moore.

>"It's the first summer film where the special effects will be real...".
Estreia nos EUA a 25 deste mês.

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6.6.04
 
Ontem, ao fugir de mais uma inauguração pré-eleitoral (costume ancestral nacional), parei numa bomba de gasolina. Ao meu lado parou a (uma !) Britney Spears, num Peugeot 204. Preparadinha para o playback.



Entrei no quarto de banho e lá estava o Luís a fazer barba e a cantarolar ...



A fila do McDonalds estava parada. O Nuno não tinha trocos e, ainda por cima, está a dever uma conta calada. Há dois anos tiveram a péssima ideia de lhe dizerem que "pagava em golos" e ele nem um marcou.



No meio deste "pão e circo", um "homeless" já não tem sossego !

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4.6.04
 
Será que o mundo melhorará com a música certa ? Com a palavra certa ?
E qual é a música certa ? Qual é a palavra ?
Elas existem.
É preciso não parar de procurar.
E agir ! É aqui que está a diferença entre quem contempla e quem faz.
E como se faz (o) bem ?


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Trato-o por tu. Ele trata-me por você.
A descrição do óbvio.
A perplexidade incómoda perante a verdade do título da Yourcenar :
O Tempo esse Grande Escultor.

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Já saiu em Fevereiro, mas um "homeless radiofónico" ouve mais os ruídos dispersos do que sons seleccionados.
Dentro de um Vidro Azul vi o que agora daria a ouvir.
Isan - o duo inglês de volta com "Meet next life".
Oiçam.

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Homeless.
A IF vivendo dentro de uma caixa.
E quantas janelas abertas para o mundo...

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3.6.04
 
GET BACK ...

Parabéns ao Fausto da Silva e ao Nuno Ávila, do Santos da Casa - na RUC.
O concerto no terraço da AAC, mesmo ali ao pé da RUC, foi uma ideia simples mas genial. Estive na Avenida a ouvir (via-se mal ...). Depois ainda ouvi um pedaço da transmissão directa no rádio do Smart. Sempre estava um dia muito mais bonito do que aquele em que os Beatles resolveram fazer o mesmo no telhado da Apple. Os d3ö não têm baixo, são só três e o som é de Blues para Rock'a'Billy. Depois têm um elemento chamado Tony Fortuna, cujo nome cheira a rock Filadélfia anos 50. E, claro, o Miguel na bateria. Tirando uns feedbacks manhosos para o final, o fim de tarde foi animado.




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Magnífica noite de luar.
A música, a que é eterna, desce na luz azul da lua.

Para ouvir.

Cowboy Junkies - Blue Moon
Bob Dylan - Blue Moon
Elvis Presley - Blue Moon(versão ao vivo em 1954)

Blue Moon
You saw me standing alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own

Blue Moon
You knew just why I was there for
You heard me say a prayer for
Someone I really could care for

And then there suddenly appear before
The only one my arms could ever hold
And then somebody whisper
Please adore me
And when I looked the moon
Had turned to gold

Blue moon
Now I am no longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own


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A propósito da demissão do Conselho de Redacção do jornal "Público".
"José Manuel Fernandes falou com a editora e disse-lhe que tinha perdido a confiança nela e já há muito tempo que não confiava em João Ramos de Almeida. Disse ainda que a notícia não tinha sido publicada porque a ministra não queria que fosse o jornalista a tratar do assunto."
Digam-me que é mentira !
Garantam-me que foi um mal-entendido !
O Público ... agora, NÃO !


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